Os Desafios da Solidão.

Começo por agradecer o amável convite por parte do Senhor Presidente do Lions Clube de Lagoa para convosco tecer algumas reflexões acerca de um assunto que aparentemente parece ser circunstancial mas na realidade é muito profundo e abrangente. A partir da solidão poderemos abordar a realidade antropológica tanto no que ela tem de mais sublime e transcendente como o que ela carece e a oprime.

Logo a partir daqui reconhecemos uma dupla direcção da temática a abordar, a solidão.

Solidão cantada por poetas, requerida por pensadores, procurada por místicos, necessária para os crentes, exigida por sonhadores e amantes; mas também a dor da separação, a angústia da ausência, o desespero da solidão, a amargura da distância.

A solidão é deste modo ambivalente e mesmo contrastante no seu significado e na sua vivência por parte da pessoa.

Comecemos pela revelação que na criação nos é oferecida acerca da solidão.

 

  1. Não é bom que o homem esteja só

 

Numa das tradições que nos são narradas no livro do Genesis acerca da criação deparamo-nos com esta afirmação: «Façamos o homem à nossa imagem, à nossa semelhança (::. Deus criou o homem à Sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (Gen. 1, 26-27).

Neste relato é nítida a relação profunda de homem e mulher, logo a partir da criação operada por Deus.

Mas na outra tradição há uma particularidade que merece a nossa atenção e que tem a ver com a solidão do homem e que diz o seguinte: «O Senhor Deus disse: “não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele» (Gen. 2, 1).

A partir do mistério da complementaridade o homem depara-se com alguém igual a si e que não se pode identificar com qualquer outro ser criado. A relação entre homem e mulher é então descrita do seguinte modo: «Ao vê-la, o homem exclamou: “esta é realmente osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem”». E, acrescenta: «Por esse motivo o homem deixará pai e mãe para se unir à sua mulher: e os dois serão uma só carne» (Gen., 2, 23-24).

Estamos perante a harmonia inicial que está no fundamento de toda a realidade humana. Contudo, deparamo-nos com um golpe que o mistério da iniquidade provoca na ordem da criação e sobretudo da pessoa. A relação com Deus e de uns com os outros fica profundamente afectada.

 

1.1.        «Viu que estava nu, escondeu-se»

 

Ainda dentro do mistério que envolve a criação, deparamo-nos com um novo passo, o corte na relação do ser humano com o seu Criador e consequentemente com os seus semelhantes, desde logo com quem lhe é mais próximo. Neste sentido refere o livro do Génesis: «Mas o Senhor Deus chamou o homem e disse-lhe: “Onde está?”; ele respondeu: “Ouvi o ruido dos Teus passos no jardim, e, cheio de medo, porque estou nu, escondi-me”; o Senhor Deus perguntou: “quem te disse que estás nu?”» (Gen., 3, 9-11).

A partir daqui é-nos oferecida um conjunto de culpabilizações que destroem as relações não só com Deus mas também com os irmãos.

Esta mesma mensagem vai atravessar o episódio da quebra de relação fraterna com a morte de Caim e de Abel, com a terrível pergunta que Deus faz a Caim: «onde está, Abel teu irmão?» E a resposta aterradora: «Não sei dele. Sou porventura guarda do meu irmão?». E, a conclusão vem da própria boca de Caim: «expulsaste-me hoje desta terra; obrigado a ocultar-me longe da Tua face, terei de andar fugitivo e vagabundo pela terra e o primeiro a encontrar-me matar-me-á» (Gen., 4, 9 – 14). E, vai realçar a solidão nas relações entre povos e culturas no episódio da torre de Babel (Gen., 11) onde se pode ler: «Por isso lhe foi dado o nome de Babel, visto ter sido lá que o Senhor confundiu a linguagem de todos os habitantes da terra, e foi também dali que o Senhor os dispersou por toda a terra» (Gen., 11, 9).

 

1.2.        Nova experiência de solidão – o êxodo

 

Já no Antigo Testamento, na caminhada do Povo Biblico, deparamo-nos também com uma outra perspectiva da solidão que está muito bem patente na experiência do êxodo.

Este período de tempo serve de purificação das idolatrias, de revelação do verdadeiro Deus, de preparação pessoal e colectiva para a libertação que sendo dom é também tarefa, de promulgação da lei que servirá de guia, de contrastes e de decisões.

O Profeta Oseias compara o Povo de Deus como a esposa que Deus enamorado quer desposar. Por isso, diz: «é assim que a vou seduzir; ao deserto a conduzirei para lhe falar ao coração» (Os., 2, 16).

Esta é porventura a resposta às aspirações imediatas que transparecem nas palavras injuriosas e desalentadas do povo quando afirma: «Trouxeste-nos para o deserto a fim de matar à fome todo este povo» (Ex., 16,3).

 

1.3.        A Experiência de Elias – do deserto à contemplação (1Re. Cap.17, 18 e 19).

 

A experiência do profeta Elias, como nos é descrita no livro 1 Reis é inspiradora da procura da solidão como encontro com Deus através de todos os tempos.

No ambiente de silêncio e de deserto, Elias vive a voz de Deus que chama, dispõe-se a caminhar segundo as orientações da vontade divina, reconhece o único poder de Deus que enfrenta os frágeis poderes dos Baals, deuses pagãos, sente vivamente a providência divina e de tal modo é reflexo de Deus que fica no imaginário do Povo como o profeta que há-de vir no final dos tempos.

Por isso, Jesus Cristo ao referir-se aos últimos tempos inaugurados por João Baptista sublinha que nele Elias já veio; ele é o Elias que estava para vir.

Esta experiência de Elias, embora em contexto já cristão, vai inspirar os grandes modelos de vida eremítica, contemplativa e de clausura.

 

  1. A solidão fecunda e revitalizante em Jesus Cristo

 

O centro da nossa reflexão centra-se na pessoa de Jesus Cristo. A sua conduta, os seus ensinamentos e as suas determinações oferecem-nos o verdadeiro sentido do duplo significado da solidão que já enunciamos ao inicio da nossa reflexão.

Segundo o relato dos Evangelhos Jesus de Nazaré faz profunda experiência de solidão no deserto, ao longo do seu ministério terreno e sobretudo na sua paixão redentora; o mesmo Jesus convida aos seus discípulos que se configurem com o seu modo de ser e de agir e, por isso, o apelo que se torna uma exigência a deixar «pai e mãe, irmão e mulher, campos e bens» por causa de Jesus e do Evangelho; mas também Jesus de Nazaré se refere aos que são os mais marginalizados da sociedade como sendo a sua presença.

Confrontados com os últimos tempos, com o tempo da decisão e da crise que julga o procedimento de cada um, lemos no Evangelho: «Vinde benditos de Meu Pai, recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e deste-Me de comer, tive sede e deste-Me de beber; era peregrino e recolheste-Me; estava nu e deste-Me de vestir; adoeci e visitaste-Me; estive na prisão e foste ter Comigo. Então os justos responder-lhe-ão; “Senhor quando foi que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou nu e Te vestimos? E quando é que Te vimos doente ou na prisão e fomos visitar-Te?” E o Rei dir-lhes-á em resposta: “Em verdade vos digo: sempre que fizeste isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt., 25, 34 – 40).

O texto evangélico segue com a narração feita na negativa e concluindo que estes que não oferecem ajuda ao seu semelhante e sobretudo não o vêem com os olhos de Deus, estão condenados.

Este episódio abre-nos já para a segunda perspectiva da nossa abordagem sobre a solidão e que tem que ver com o isolamento da pessoa que exige da parte de cada um uma presença e ajuda.

Mas demos mais alguns passos na compreensão do valor da solidão segundo a Escritura

 

2.1.        S. Paulo, a solidão que envolve a sua vocação e se exige na sua missão

 

Na carta aos Gálatas, Paulo descreve a sua vocação divina e refere que após o chamamento que viveu tão profunda e dramaticamente a caminho de Damasco se retirou para o deserto e só passados três anos volta para aferir junto daqueles a quem ele chama de colunas da fé, Pedro, Tiago e João, a verdade acerca da doutrina que lhe tinha sido revelada por Jesus Cristo.

Daqui se depreende que as grandes decisões estão não só envolvidas em grande mistério mas também exigem o tempo de solidão para se interiorizarem, para se purificarem e para se reconduzirem à verdade em si mesmas, sobretudo na fidelidade aquele que chama e envia.

Focando a missão de Paulo, também aí ele experimenta solidão que ela transporta em si mesmo. Vejamos apenas esta passagem da sua segunda carta a Timóteo: «na minha primeira defesa, ninguém esteve a meu lado: todos me abandonaram. Deus lhes perdoe» (2Tim. 4, 16). Daí a sua confiança no segundo que realça com as seguintes palavras: «mas o Senhor esteve a meu lado e deu-me força, para que, por meu intermédio, a mensagem do Evangelho fosse plenamente proclamada e todos os pagãos a ouvissem» 2Tim. 4, 17).

Embora esta resenha seja muito breve serve, contudo, de fundamento para compreender a busca da solidão como meio para alcançar um melhor bem, isto é a sabedoria verdadeira que se revela em Deus.

 

  1. A busca da solidão na história da Igreja: padres do deserto, contemplativos e místicos

 

A riquíssima história da Igreja não se compreende sem recorrermos à vida de solidão e procura do silêncio que nos oferecem os padres do deserto, os contemplativos e os místicos.

Uma das primeiras figuras é Santo Antão. Nascido por volta de meados do século III, cristão fervoroso, com cerca de vinte anos inspirado no Evangelho distribuiu todos os seus bens pelos pobres e partiu para o deserto onde viveu. Atendendo ao que dele nos diz S.to Atanásio, e de algum modo imitando a Jesus, foi tentado pelo Diabo, embora por muito mais que os quarenta dias que durou a Jesus. Porém, Antão resistiu às tentações e não se deixou seduzir pelas tentadoras visões que se multiplicavam à sua volta.

Mais tarde aparece S. Bruno, fundador da Cartuxa. Nasceu no inicio do século XI, São Bruno que não se contentava por ser um monge igual a todos os outros mas no desejo de maior perfeição e imitação a Jesus Cristo, inflamado pelo amor de Jesus e pela vivência e expansão do Seu Reino, juntamente com alguns companheiros iniciou um a forma de vida onde se observava absoluto silêncio, a fim do aprofundamento na oração e à meditação das coisas divinas. Deu deste modo o inicio à ordem da cartuxa.

Já em pleno século XVI, entre outros, realça-se a figura de Santa Teresa de Ávila e S. João da Cruz. Dois grandes vultos da mística e da literatura espiritual.

Através do silêncio, da oração mental e da contemplação percorrem-se os caminhos que levam até Deus. Porque a vontade tem de ser dominada e fortalecida para não desfalecer perante as dificuldades, a mortificação, a ascese e outras formas de penitência são para eles ajuda na busca da verdadeira sabedoria.

 

  1. Entre uma e outra solidão – a escolha livre

 

Permita-me que apresente um excerto de uma obra de Helena Langrouva, da Universidade Nova de Lisboa, que diz o seguinte: O leitor do século XXI encontra na Ética a Nicómaco de Aristóteles um conjunto de desafios portadores de verdadeira actualidade sobre como pôr em prática a razão — λόγος — para a felicidade — εὐδαιμονία —, convidando ao exercício de liberdade interior de escolha de um caminho para a vida, para o bem próprio e da comunidade».

E, continua, sublinhando que «no itinerário de procura de bem e de felicidade, Aristóteles inclui a meditação sobre a virtude, as virtudes morais e intelectuais e a necessidade de serem exercidas com prazer». Segue o seu raciocínio, realçando que «de permeio a meditação sobre a justiça e a intemperança, a amizade e a filáucia — φιλαυτία — ou amor próprio, para culminar na felicidade suprema da contemplação — θεωρία —, do intelecto contemplativo».

Dai que, refere que «a contemplação não é um estado, mas uma actividade que não pode ser incessantemente praticada, mesmo sendo a maior felicidade alcançável pelo espírito humano».

Neste sentido, conclui, «a felicidade é também a excelência da vida intelectual, da vida segundo o espírito — ὁ βίος κατὰ τὸν νοῦν —, a vida segundo a capacidade de pensar, ou seja, a vida intelectual, de preferência num contexto de bem-estar exterior e de moderação na vida prática».

Vemos que está a referir-se ao grande filósofo Aristóteles, que não se limita à contemplação vista a partir da fé, mas sim como meio para alcançar a felicidade e o melhor bem.

O silêncio e a solidão são positivos ou negativos segundo a posição que a pessoa tiver perante eles. São necessários para alcançar a sabedoria autêntica, são meios que levam ao encontro de cada pessoa ao encontro consigo mesma, com Deus e com os outros.

É na livre decisão e na vontade pessoal de pretender alcançar o bem que estes meios oferecem que a solidão é imprescindível para que o ser humano percorra os caminhos da compreensão do seu próprio mistério que não se decifra sem se abrir ao mistério de Deus.

 

  1. A solidão a combater

 

É curiosa a nossa cultura que marcada pelo materialismo e pelo economicismo, não só desprezou a solidão que levaria até à sabedoria; daí a cultura do ruido, da distracção e a fuga à interioridade; mas também aumentou a quantidade de pessoas que sofrem com a solidão, sem terem alguém que as acompanhe e lhes ofereça o rosto de dignidade que só a relação interpessoal poderá oferecer.

Daqui se depreende que estas duas visões da solidão caminham em conjunto e estão dependentes uma da outra.

Como alguém afirmava, há dias, perdeu-se a relação familiar e desfizeram-se os laços de vizinhança e de proximidade. A pessoa é um desconhecido na mesma cidade, no mesmo prédio ou na mesma rua.

Diz o Papa Francisco que «o individualismo pós-moderno e globalizado favorece um estilo de vida que debilita o desenvolvimento e a estabilidade dos vínculos entre as pessoas e distorce os vínculos familiares» (EG, nº 67).

E, vai mais além nesta denuncia, quando refere que «não podemos ignorar que, nas cidades, facilmente se desenvolve o tráfico de drogas e de pessoas, o abuso e a exploração de menores, o abandono de idosos e doentes, várias formas de corrupção e crime» ( ib., nº 75).

Numa era de comunicações tão rápidas como as que se podem utilizar actualmente, nunca o ser humano se sentiu tão só. As redes sociais comunicam mas não aproximam.

A solidão atinge todas as camadas etárias e sociais. Deparamo-nos com crianças a ficarem sozinhas, adolescentes e jovens a sentirem-se sós no meio de multidões, adultos que não convivem nem estabelecem laços de comunhão com os demais e sobretudo os idosos que sentem o abandono, o isolamento e a solidão.

O mundo de violência, de intransigência e de ódio, ou pelo menos de indiferença perante a sorte do outro, gera a solidão. O homem e a mulher não são vistos como verdadeiramente irmãos, mas pelo contrário, como concorrentes que é necessário eliminar. Também por este caminho criamos solidão.

Estamos numa sociedade com focos amplos de marginalização. Este poderá ser de cariz económica, social, cultural politica ou religiosa. Neste contexto gera-se solidão.

Recorro novamente à autora acima citada para realçar que «não se pode prestar um bom serviço à comunidade sem se passar pelo amor bem conduzido de si próprio, pela coerência entre o agir e o pensar que envolve o aperfeiçoamento moral». E, ainda, «o mesmo acontece na caridade, na justiça e no amor cristão: a caridade e a justiça bem ordenadas começam por nós próprios; não se pode amar o próximo sem nos amarmos a nós próprios — “ama o próximo como a ti mesmo”, acrescido da referência ao amor do próprio Cristo: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”».

E poderíamos continuar com esta análise.

 

  1. Desafios da solidão

 

Embora toda esta reflexão esteja centrada nos desafios à solidão. Começando por distinguir o que é solidão como meio para alcançar a verdadeira Sabedoria, para penetrar profundamente no mistério do homem e para se abrir ao mistério de Deus; e a outra solidão que exige uma actuação para que possa seja combatida e só o será na plena consciência da fraternidade.

Vejamos um parágrafo da Exortação Apostólica do Papa Francisco na qual se resume muito bem os grandes desafios e as respostas à causas da solidão. Diz ele: «embora aparentemente não nos traga benefícios tangíveis e imediatos, é indispensável prestar atenção e debruçar-nos sobre as novas formas de pobreza e fragilidade, nas quais somos chamados a reconhecer Cristo sofredor: os sem abrigo, os toxicodependentes, os refugiados, os povos indígenas, os idosos cada vez mais sós e abandonados, etc. Os migrantes representam um desafio especial para mim, por ser Pastor duma Igreja sem fronteiras que se sente mãe de todos».

E, continua, sublinhando, «por isso, exorto os países a uma abertura generosa, que, em vez de temer a destruição da identidade local, seja capaz de criar novas sínteses culturais».

E, exclama: «como são belas as cidades que superam a desconfiança doentia e integram os que são diferentes, fazendo desta integração um novo factor de progresso! Como são encantadoras as cidades que, já no seu projecto arquitectónico, estão cheias de espaços que unem, relacionam, favorecem o reconhecimento do outro!» (EG, 210).

 

E termino, novamente recorrendo a uma passagem da notável Exortação Apostólica do papa Francisco, a Alegria do Evangelho, que oferecendo como resposta ao conflito o facto de os aceitar, resolvê-lo e transformá-lo no elo de ligação de um novo processo, num dado passo diz que «deste modo, torna-se possível desenvolver uma comunhão nas diferenças, que pode ser facilitada só por pessoas magnânimas que têm a coragem de ultrapassar a superfície conflitual e consideram os outros na sua dignidade mais profunda».

Por isso, continua, «é necessário postular um princípio que é indispensável para construir a amizade social: a unidade é superior ao conflito».

Realça então que «a solidariedade, entendida no seu sentido mais profundo e desafiador, torna-se assim um estilo de construção da história, um âmbito vital onde os conflitos, as tensões e os opostos podem alcançar uma unidade multifacetada que gera nova vida».

 

Por fim, afirma que «não é apostar no sincretismo ou na absorção de um no outro, mas na resolução num plano superior que conserva em si as preciosas potencialidades das polaridades em contraste» (ib. nº 227).

 

Urge um novo tecido social, novas relações de proximidade, novas prioridades nas opções sócio-politicas.

Há novos dinamismos a implementar nesta cultura para que ela exprima melhor os laços de solidariedade, seja mais inclusiva e se paute por uma prioridade aos que mais necessitam.

Como nos dizia S. João Paulo II, urge construir a civilização do amor.

 

+João Lavrador

Bispo Coadjutor de Angra