Para uma vida bela e boa no acampamento
Quando há quatro anos atrás, cerca de 1500 escuteiros acamparam na ilha do Faial, a participar no XIV Jamboree Açoriano, não imaginávamos o que aconteceria até ao Jamboree de 2022, e se seria possível voltarmo-nos a encontrar, depois de um longo período de ausências e dificuldades de realizarmos as atividades próprias, normais e necessárias.
Felizmente chegamos aqui, uns pela primeira vez, outros agora com outra idade, e todos noutra época, pela alteração profunda causada pelos efeitos da pandemia e da guerra junto dos países nossos vizinhos e amigos.
O XV Jamboree Açoriano de julho de 2022 irá proporcionar a todos os participantes a vivencia do ideal e movimento escutista, enquanto reposta a um desenvolvimento integral e sustentável com impacto na vida de cada participante, dos agrupamentos e das comunidades, enquanto obreiros da paz e da justiça, num mundo que delas carece.
Uma palavra de saudação aos escuteiros da ilha Terceira e aos escuteiros das outras ilhas dos Açores, da Madeira e do continente português, que vêm como exploradores, pioneiros, caminheiros e dirigentes com o mesmo destino e propósito, a todos os que sonham deixar este mundo melhor do que o encontraram.
Este jamboree é um laboratório de como o mundo pode ser outro, na diferença da riqueza de cada um, de como é possível uma relação de respeito, diálogo e fraternidade entre tantos jovens, como bravos não violentos, destemidos e corajosos, de tal como que possamos dizer para dentro e para fora das portas do acampamento aqui «Todos somos um».
A beleza da ilha constitui em si um território natural extraordinário, que devemos agradecer a quem o oferece, comprometendo-nos a manter a casa comum em ordem com os seres vivos, sobretudo os humanos nossos irmãos, e com Deus nosso Pai, com Cristo Nosso Senhor e com o Espírito Santo que nos dá a vida, a alegria e o alento para fazermos coisas belas e sobretudo para tornar as nossas vidas belas e boas.
Um abraço,
Hélder, Administrador Diocesano de Angra